Como escolher uma máquina injetora

A moldagem por injeção é um dos processos mais usados para produzir grandes quantidades de peças em série, nomeadamente nos setores automotivo e aeroespacial ou, ainda, na indústria de produtos médico-hospitalares. Trata‑se de um processo rápido, adequado à produção em massa, que é executado com uma máquina injetora, também chamada máquina de moldagem por injeção. Essa máquina é composta por duas partes principais: a unidade injetora e a unidade de fechamento.

A unidade injetora é constituída de um funil de alimentação, que recebe o material granulado ou em pó, e de uma rosca aquecida, que tem a função de plastificar (tornar maleável), homogeneizar e injetar o material. A unidade de fechamento, por sua vez, é responsável por manter o molde fechado durante a injeção e pelo posterior resfriamento.

Trata‑se do método mais comum de fabricação de peças plásticas em todo o mundo, sendo usado em uma grande variedade de aplicações.

Máquinas injetoras: ver produtos

  • Quais os diferentes tipos de máquinas injetoras?

    O tipo e as características da máquina têm influência no resultado obtido (peça acabada). As injetoras podem ser classificadas de acordo com o tipo de acionamento, dividindo‑se assim em hidráulicas, elétricas e híbridas.

    Máquinas injetoras hidráulicas

    Possuem uma bomba hidráulica conectada a um motor elétrico de velocidade constante.

    Vantagens:
    – São capazes de produzir peças de grandes dimensões;
    – Têm injeção e extração constantes;
    – São robustas e, portanto, duráveis;
    – É fácil encontrar peças de reposição para estas máquinas.

    Desvantagens:
    – Consomem muita energia;
    – Não permitem executar moldagens de alta precisão;
    – Podem apresentar riscos de vazamento de óleo.

    Máquinas injetoras elétricas

    O acionamento é efetuado por servomotores com comando numérico. Oferecem diversas funcionalidades.

    Vantagens:
    – Consomem muito pouca energia;
    – Oferecem alta precisão e confiabilidade;
    – São fáceis de operar.

    Desvantagens:
    – Exigem um investimento inicial maior que as prensas hidráulicas;
    – As peças devem ser trocadas periodicamente, o que implica uma manutenção regular.

    Máquinas injetoras híbridas

    As máquinas híbridas são acionadas por um servomotor acoplado a uma bomba hidráulica, também conhecida como servobomba. Esse sistema permite ajustamentos contínuos em função das necessidades reais de energia elétrica, resultando em menos emissões, menos ruído e economias de energia.

    Vantagens:
    Consomem menos energia do que as injetoras hidráulicas, dado que a pressão hidráulica não é utilizada constantemente, principalmente devido à parte elétrica;
    – Oferecem alta precisão;
    – Apresentam uma boa força de fechamento.

    Desvantagens:
    – Podem apresentar problemas de repetibilidade;
    – É necessária manutenção quer da parte elétrica quer da parte hidráulica.

  • Que critérios levar em conta ao escolher uma máquina injetora?

    Na hora de comprar uma máquina injetora, há vários critérios que devem ser tidos em consideração:

    Capacidade de injeção/volume máximo de injeção:

    Trata‑se da quantidade máxima de material (geralmente termoplástico) que a máquina pode injetar no molde a cada ciclo. Vem indicada em cm³ nas máquinas europeias e asiáticas, e em onças de poliestireno de uso geral (GPPS) nas de fabricação norte-americana.

    É aconselhável optar por uma máquina com volume de injeção 30 a 40% superior ao que as peças exigem.

    Força de fechamento:

    Expressa em toneladas, é a força necessária para manter o molde fechado durante a fase de injeção. A força aplicada nas placas varia conforme a pressão do material na cavidade, a fim de garantir a qualidade das peças. A força de fechamento pode ir de 5 toneladas a mais de 4.000 toneladas, conforme os modelos. Para estimar a força de fechamento adequada para a sua máquina, tenha em conta a área da peça e a viscosidade do plástico a ser injetado.

    A distância entre as colunas e a abertura máxima entre as placas devem ser superiores às dimensões máximas dos moldes, de modo que estes possam ser posicionados na máquina sem problemas.

    Eficiência energética: 

    A eficiência energética é um critério de escolha importante de uma máquina industrial. De um modo geral, as máquinas injetoras atuais, graças aos avanços tecnológicos, podem consumir até 50% menos energia do que as fabricadas há uma década.

    As injetoras elétricas e as híbridas são as que consomem menos.

  • Quais os custos de uma máquina injetora?

    As grandes máquinas de injeção custam, em média, entre 50.000 e 200.000 euros. Certos modelos podem ultrapassar este valor.

    Além do preço da máquina, há outros custos a ter em conta:

    Preço dos moldes: os moldes de plástico mais básicos, como os impressos em 3D, custam cerca de 100 euros. Os moldes de alumínio custam entre 2.000 e 5.000 euros. O preço dos moldes de aço pode ultrapassar os 100.000 euros. As máquinas injetoras com moldes de plástico permitem produzir peças de plástico em massa a um preço acessível.

    Preço da matéria-prima: estas máquinas podem injetar vários tipos de plásticos (ABS, PP, PC, PE etc.), que têm preços diferentes. Por exemplo, o quilo de granulado plástico custa, geralmente, cerca de 5 euros.

    Custos de instalação, de operação e de manutenção: as injetoras também estão sujeitas a rigorosos requisitos de instalação e exigem mão de obra qualificada para operá-las e para realizar a manutenção. Portanto, é preciso levar em conta o custo da mão de obra e da manutenção regular.

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