Como escolher um lubrificante industrial

Os lubrificantes industriais são usados para diversas finalidades em setores como a agricultura, a construção, o processamento de alimentos, o setor automotivo, entre muitos outros. Existem diferentes tipos de lubrificantes, nomeadamente óleos, graxas e pastas. Os lubrificantes podem desempenhar diversas funções. A escolha dependerá, em grande parte, das aplicações previstas e de fatores específicos, como o risco de contaminação dos produtos na indústria alimentícia, por exemplo.

Lubrificantes industriais: ver produtos

  • Como escolher o lubrificante adequado?

    Antes de comprar um lubrificante, recomendamos que leve em conta vários fatores que irão condicionar a sua escolha, a começar pela aplicação prevista. Não se utilizará o mesmo tipo de lubrificante para um rolamento, para um compressor e para uma bomba, por exemplo.

    Em seguida, deverá considerar as condições de operação. Desde logo, é essencial escolher um lubrificante que seja adequado à temperatura de trabalho. Por exemplo, uma temperatura muito alta pode causar a evaporação de certos óleos. Por sua vez, uma temperatura muito baixa pode dificultar a circulação do fluido.

    A viscosidade é outro critério que deve ser levado em conta. A escolha certa do nível de viscosidade é primordial para garantir uma boa lubrificação e depende da temperatura. Por exemplo, as graxas são especialmente indicadas para altas temperaturas.

    Por fim, é importante ter em consideração o setor de atividade e o produto. Por exemplo, os óleos e as graxas usados em equipamentos da indústria alimentícia devem ser compatíveis com alimentos, a fim de garantir a segurança dos consumidores em caso de contato acidental do lubrificante com o produto.

  • Que tipo de lubrificante escolher?

    Os lubrificantes dividem‑se em óleos, graxas e pastas, de acordo com o seu estado físico. A escolha dependerá da aplicação prevista, mas também das condições de operação.

    Existem vários tipos de óleos, cada um com funções específicas. Por exemplo, os óleos automotivos protegem as peças móveis do desgaste, enquanto os óleos de corte protegem as ferramentas não só do desgaste como também do aquecimento excessivo. A capacidade de lubrificação dos óleos diminui com temperaturas muito altas ou muito baixas. Ao escolher um óleo, convém, por isso, ter em atenção a faixa de temperaturas recomendada pelo fabricante e indicada nas características técnicas do produto. De notar que os óleos sintéticos são adequados para temperaturas extremas, mantendo a sua capacidade de lubrificação em qualquer temperatura.

    A lubrificação com graxas garante o bom funcionamento das peças móveis, dissipa o calor e protege do desgaste. Caso procure um lubrificante para serviços a altas temperaturas, opte pelas graxas, pois apresentam elevada resistência ao calor. Além disso, suportam altas velocidades e cargas significativas.

    Quanto às pastas, são muito eficazes em temperaturas superiores a 300°C, contrariamente aos óleos, que tendem evaporar‑se quando essa temperatura é ultrapassada. As pastas também podem ser usadas em rolamentos de baixa velocidade e aplicações sujeitas a cargas elevadas. Por último, as pastas são adequadas para trabalhos de lubrificação simples, nomeadamente as pastas de montagem.

  • Quais as vantagens da lubrificação com óleo?

    Óleo lubrificante da MyLubricants

    Cada tipo de óleo tem uma aplicação específica, como o corte, a furação e a usinagem. Os óleos de corte e furação servem para lubrificar e resfriar. Ao reduzirem o atrito e o aquecimento, contribuem para prolongar a vida útil da ferramenta e para otimizar o processo de corte. Os óleos de usinagem, além de lubrificarem e resfriarem o sistema, ajudam a remover os cavacos da área de trabalho e a mantê-la limpa. Por isso o seu uso é frequentemente recomendado para a usinagem de metais. Porém, em caso de contato com a pele, podem causar irritação com forte prurido (coceira). É, portanto, aconselhável usar equipamentos de proteção individual quando se trabalha com esses óleos.

  • Quais as diferenças entre os óleos minerais, sintéticos e semissintéticos?

    Existem três tipos principais de óleos de lubrificação: os minerais, os sintéticos e os semissintéticos.
    O óleo mineral resulta do refino do petróleo bruto e consiste em uma mistura de hidrocarbonetos saturados. Ainda hoje é o lubrificante mais usado. No entanto, as suas propriedades de lubrificação variam. Não suporta altas temperaturas e forma borras com relativa rapidez, devendo ser trocado com maior frequência para evitar eventuais entupimentos. Tem como principal vantagem ser mais barato do que os outros tipos de lubrificantes.

    Já o óleo sintético destaca-se pelo seu elevado desempenho, obtido através de um processo de fabricação mais complexo. Ou seja, a sua estrutura molecular é alterada para lhe conferir as características desejadas. Como a sua viscosidade é pouco afetada por variações de temperatura, pode ser usado tanto em temperaturas baixas quanto altas. Além disso, o óleo sintético não forma borras tão rapidamente quanto o óleo mineral, apresentando assim maior durabilidade. No entanto, é mais caro.

    O óleo semissintético oferece uma solução intermediária com boa relação custo-benefício, embora apresente menos resistência às altas temperaturas do que o óleo sintético.

    Esses são os três tipos de óleo mais utilizados nos motores de combustão interna.

  • Quais as vantagens da lubrificação com graxa?

    Graxa lubrificante da ExxonMobil

    As graxas são compostos semissólidos e, como tal, não se moldam ao formato da peça em que se encontram, ao contrário dos óleos. A sua viscosidade, maior do que a dos óleos, garante a lubrificação eficaz de máquinas e ferramentas. Em instalações elétricas, podem ser utilizadas graxas condutivas ou não condutivas, consoante as necessidades.

    As graxas são extremamente resistentes a altas temperaturas. Como tal, é possível usá‑las em fornos, por exemplo. Além disso, são muito fáceis de utilizar, pois basta aplicá‑las nas peças que devem ser lubrificadas, ao passo que para os óleos é necessário um circuito com bomba e filtro.

  • Que tipo de graxa lubrificante escolher?

    Assim como no caso dos óleos, tem a possibilidade de escolher entre graxas minerais e sintéticas.
    As graxas minerais contêm, geralmente, vaselina ou parafina. Graças à sua textura particularmente macia, facilitam o deslizamento das peças.

    As graxas sintéticas são compostas por óleo sintético e sabão metálico. Podem ser usadas em temperaturas relativamente altas, até ao ponto de fusão do metal do sabão. As graxas sintéticas apresentam maior resistência à oxidação e conservam a sua viscosidade durante mais tempo do que as minerais.

  • Quais as vantagem de optar por uma pasta lubrificante?

    Pasta lubrificante da Bio-Circle

    As pastas lubrificantes, também chamadas massas lubrificantes, suportam temperaturas mais altas do que os óleos, sem risco de evaporação. As pastas eletrocondutivas podem, ainda, substituir as graxas em determinadas aplicações. As pastas destacam‑se também pela sua resistência, o que significa que podem suportar cargas elevadas. Além de protegerem os componentes mecânicos contra a corrosão, reduzem o desgaste causado pelo atrito. Como protegem as peças contra a corrosão e a oxidação, facilitam a desmontagem de componentes expostos a altas temperaturas.

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