Como escolher fôrmas para concreto

As fôrmas para concreto, também conhecidas como cofragem, desempenham um papel crucial no canteiro de obras. Trata-se de uma estrutura geralmente provisória que serve para moldar o concreto fresco. Há fôrmas de diversos materiais, nomeadamente de madeira, de aço e de plástico.

Qualquer projeto de construção em concreto começa, normalmente, com a instalação das fôrmas. Constituídas por painéis montados no formato pretendido, criam uma estrutura sólida e estanque, capaz de suportar o peso e a pressão do concreto líquido. Este é lançado nas fôrmas com uma bomba de concreto e aí permanece até endurecer e se tornar autoportante. Então, pode realizar‑se a desforma.

Fôrmas para concreto: ver produtos

  • Fôrma de madeira, de aço ou plástica: qual escolher?

    Existem fôrmas de diferentes materiais, sendo a madeira, o aço e o plástico dos mais comuns. As seguintes informações irão ajudá‑lo na sua escolha.

    Fôrmas de madeira

    A madeira é um dos materiais mais utilizados em sistemas de fôrmas, pois apresenta diversas vantagens:

    • É fácil de cortar, sendo por isso adequada para pequenos elementos com formas complexas;
    • Oferece inúmeras possibilidades de composição;
    • Devido à sua textura, é ideal para estruturas de concreto aparente, bem como para estruturas complexas e não repetitivas com texturas variadas.

    Contudo, é preciso levar em conta o seguinte:

    • As tábuas têm de ser grossas (entre 27 e 40 mm) para não deformarem;
    • A madeira deve ser leve e não pode apresentar trincas;
    • Para grandes superfícies planas, aconselha‑se o uso de painéis de compensado (também chamado aglomerado).

    A principal desvantagem da madeira é que as suas características se alteram com as sucessivas reutilizações. Perde porosidade e a superfície desgasta‑se, o que pode afetar a cor e a aparência do concreto. Por isso, estas fôrmas possuem um baixo índice de reaproveitamento.
    Se procura fôrmas de madeira que possam ser reutilizadas mais vezes, opte por painéis de compensado naval plastificado, com 16 a 19 mm de espessura. Este material confere maior durabilidade ao sistema de cofragem.

    Fôrmas de aço

    As fôrmas metálicas são as mais usadas, pois têm a vantagem de poderem ser reutilizadas mais vezes do que as de madeira, cerca de 20 a 25 vezes. São especialmente indicadas para lajes e pilares.

    Apresentam, ainda, outras vantagens:

    • São robustas e adequadas à concretagem de grandes superfícies;
    • Podem ser instaladas e desmontadas rapidamente;
    • São recomendadas para moldar elementos circulares ou de grande altura;
    • Algumas fôrmas metálicas são dobráveis, o que facilita o seu transporte;
    • Não se deformam, dado que o aço não absorve a umidade do concreto fresco;
    • O aço permite a dissipação do calor produzido pela hidratação do cimento, um aspecto especialmente importante quando a concretagem é realizada em dias/climas quentes.

    As fôrmas de aço têm, contudo, uma desvantagem. Quando está frio, o concreto fica menos protegido contra quedas de temperatura. Nesses casos, é aconselhável prever o isolamento térmico destas fôrmas.

    Salienta‑se que existem fôrmas mistas, com quadro metálico (de alumínio ou aço) e face de chapa de madeira compensada.

    As fôrmas mistas apresentam certas vantagens:

    • Oferecem diferentes opções de montagem;
    • É possível movimentá‑las manualmente.

    Fôrmas plásticas

    Plásticos como o PVC e o polietileno são usados na face externa das fôrmas.

    Estas fôrmas têm diversas vantagens:

    • Permitem um acabamento de alta qualidade;
    • A sua desforma é fácil;
    • Oferecem a possibilidade de criar uma variedade de relevos;
    • Os materiais plásticos permitem criar fôrmas modulares de pequenas dimensões (de 0,5 a 1 metro quadrado), fáceis de manipular manualmente.
  • Que tipo de fôrmas escolher?

    As fôrmas podem ser feitas no próprio canteiro de obras ou pré-fabricadas.

    Fôrmas confeccionadas no local da obra

    Estas são as fôrmas convencionais, usadas para a concretagem de variados elementos, como paredes, lajes ou pilares, uma vez que podem ser facilmente adaptadas.

    Para paredes, é aconselhável usar fôrmas com quadro, pois este protege as bordas do painel dos esforços mecânicos. São sistemas resistentes, duráveis e fáceis de montar. As fôrmas de pilares são usadas maioritariamente na construção de edifícios residenciais e industriais.
    No entanto, a sua instalação leva algum tempo.

    Fôrmas prontas (pré-fabricadas)

    As fôrmas prontas metálicas são projetadas para suportar diferentes faixas de pressão de lançamento (> 70 kN/m², <>= 60 kN/m² e <= 50 kN/m²).

    As fôrmas autotrepantes são sistemas hidráulicos usados principalmente na construção de prédios altos.

  • Quais as principais características de uma boa fôrma de concretagem?

    Os sistemas de fôrmas devem atender a vários requisitos:

    Rigidez: as fôrmas devem ser suficientemente rígidas e estáveis para resistir à pressão do concreto fresco. O objetivo é garantir a contenção do concreto na forma projetada até ao seu endurecimento. Também devem ser fáceis de retirar, para evitar danos no concreto durante a desforma. É primordial que o material da fôrma não se deforme quando exposto a temperaturas altas ou baixas.

    Estanqueidade: devem ser estanques para impedir o vazamento da nata de cimento, especialmente através das juntas.

    Textura da superfície: as fôrmas devem garantir o acabamento pretendido da superfície do concreto, por questões estéticas e funcionais. A escolha do material das fôrmas também deve levar em conta o número de reutilizações. As fôrmas de madeira vão‑se alterando com as sucessivas utilizações, o que pode afetar o aspecto da superfície do concreto.

GUIAS RELACIONADOS
1 Star2 Stars3 Stars4 Stars5 Stars (1 votes, average: 1.00 out of 5)
Loading...
Ainda não há comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será visível. Os campos de preenchimento obrigatório estão assinalados com *